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Peixes Elétricos – O que você não sabe sobre eles?

Os peixes elétricos são verdadeiras baterias vivas, e são encontrados em várias partes da natureza. Mas você sabe como essa mágica acontece?

Os peixes elétricos despertam a curiosidade das pessoas a muito tempo. Esses habitantes extraordinários das águas da América do Sul pertencem à ordem dos Gymnotiformes e são conhecidos por sua incrível habilidade de gerar eletricidade. Evidentemente, com as descobertas da ciência a respeito da força elétrica, eles se tornaram ainda mais interessantes devido ao seu potencial e aos segredos que poderia esconder. Vamos explorar um pouco mais sobre esses incríveis habitantes aquáticos e descobrir onde eles são encontrados e quão poderosas são suas correntes elétricas.

Onde os peixes elétricos são encontrados?

Esses peixes elétricos podem ser encontrados em ambientes de água doce, especialmente na bacia do rio Amazonas e em outras regiões da América do Sul. É como se fossem os super-heróis elétricos dos rios e lagos sul-americanos! Entre as espécies mais conhecidas, está o poraquê, também conhecido como Electrophorus electricus, um verdadeiro mestre na arte da eletricidade subaquática.

Como os peixes elétricos produzem eletricidade?

A mágica acontece graças a órgãos especializados presentes nesses peixes, conhecidos como órgãos elétricos. Esses órgãos ficam geralmente na parte médio-posterior do corpo, indo até a cauda. Agora, imagina ter um superpoder na própria pele!

Cada peixe elétrico é como um pequeno gerador elétrico ambulante. Eles possuem células especiais chamadas eletrócitos, e quando essas células são estimuladas pelo cérebro do peixe, elas geram pequenas descargas elétricas. Não é à toa que eles têm mais de 600 volts de potência em uma única descarga!

Para entender melhor, pense nisso como uma orquestra de pequenas baterias dentro do peixe, todas trabalhando juntas para criar uma sinfonia elétrica. Cada eletrócito contribui com uma pequena quantidade de energia elétrica, e quando milhares deles se unem, criam uma corrente poderosa o suficiente para atordoar presas, se defender de predadores ou até mesmo se comunicar com outros peixes elétricos.

A potência das correntes geradas por esses peixes pode variar de algumas dezenas a muitas centenas de volts. Isso é incrivelmente poderoso se considerarmos o tamanho relativamente pequeno desses peixes. Um poraquê, por exemplo, que pode atingir mais de 2 metros de comprimento, pode gerar descargas elétricas que rivalizam com alguns equipamentos elétricos que temos em nossas casas!

Mecanismos de Defesa

Além disso, essas descargas elétricas não são apenas para impressionar. Os peixes elétricos as utilizam de maneiras engenhosas. Imagine-se como um peixe elétrico procurando por comida. Em vez de usar uma vara de pescar ou uma rede, esses peixes simplesmente emitem descargas elétricas para atordoar peixes menores ao seu redor. É como se eles criassem uma “bolha elétrica” ao seu redor para facilitar a captura das presas. Essa é uma estratégia de caça única no mundo animal!

Outro ponto interessante é que essas descargas elétricas também servem como uma forma de autodefesa. Quando se sentem ameaçados, os peixes elétricos podem emitir uma forte descarga elétrica para afastar possíveis predadores. Imagina só, um peixe que pode dar choque para se proteger! É quase como se eles tivessem um sistema de alarme embutido.

A América do Sul é o playground perfeito para esses peixes elétricos, pois oferece uma variedade de ambientes aquáticos, desde rios e lagos até áreas alagadas. Eles se adaptaram a esses diferentes habitats ao longo do tempo, o que torna essa região do mundo especialmente rica em diversidade de peixes elétricos.

Exposição de Peixes Elétricos em São Paulo

Para quem não está disposto a mergulhar atrás de peixes elétricos, ou não quer levar um choque, o Museu de Zoologia da USP criou uma exposição de peixes elétricos. Para quem não conhece este incrível museu, ele fica ali no Ipiranga, logo atrás do Museu do Ipiranga. Além de ver animais empalhados incrivelmente realistas e fósseis de dinossauros, você pode subir até o último andar e ver essa fantástica exposição de peixes elétricos.

peixes elétricos
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O espaço demonstra os habitats destes peixes e como ocorrem as reações químicas que produzem a eletricidade. É possível, ainda, ouvir os estalos produzidos através de um headphone. Em alguns dias o museu produz atividades interativas com as crianças, tornando ainda mais rico o aprendizado. Por fim, também é possível aprender um pouco sobre Alessandro Volta, o gênio que estudou os peixes elétricos e criou a bateria elétrica baseada em princípios químicos.

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